"Apenas um copo de água" - essa foi uma proposta que floresceu durante o período da pandemia. Decidi me dedicar a proporcionar novas perspectivas sobre um objeto tão ordinário, transformando o simples em extraordinário através do meu olhar criativo. No entrelaçamento das fotografias surgiu, também, uma profunda reflexão: se um objeto tão comum pode ser percebido de inúmeras formas, por que não aplicar essa mesma percepção para me enxergar?

Diante das lentes, o copo de água ganhou vida própria, tornando-se uma fonte inesgotável de beleza, onde cada detalhe revelava sua singularidade. A transição de um simples recipiente para uma verdadeira obra de arte fez-me questionar a maneira como me via e, consequentemente, como me apresentava ao mundo.

A simplicidade do copo, que antes passava despercebida em meio ao cotidiano acelerado, transformou-se em um símbolo de introspecção. Assim como ele, pude compreender que também possuo camadas de complexidade e que cada ângulo da minha essência merece ser valorizado.

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A jornada de autoconhecimento foi permeada por descobertas sobre mim mesmo(a) que estavam adormecidas. Cada click fotográfico era uma oportunidade de mergulhar em meu mundo interior, desvendando sentimentos, medos e sonhos que estavam há tempos esquecidos.

Aprendi que a magia da vida está na capacidade de olhar além do óbvio, de encontrar beleza onde ela muitas vezes é negligenciada. Assim como o copo de água, pude me tornar um "eu" multifacetado, capaz de surpreender até a mim mesmo(a) com minha resiliência e adaptabilidade.

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A metamorfose do copo de água em uma metáfora da minha própria existência me permitiu abraçar a autenticidade. Ao reconhecer que, tal como o objeto retratado, eu também poderia ser observado por diferentes perspectivas, abracei minha individualidade com gratidão e aceitação.

Em tempos de isolamento social, essa jornada artística me possibilitou conectar com o mundo interior e enxergar a preciosidade do simples. Aprendi que somos muito mais do que a soma de nossas rotinas, tarefas e aparências. Somos seres em constante evolução, repletos de singularidades que merecem ser reveladas.

Por fim, a experiência com o copo de água, que inicialmente parecia tão corriqueira, tornou-se uma lição transformadora. Descobri que, assim como os objetos ao nosso redor, também posso ser reinventado(a), recriado(a) e reimaginado(a) em cada momento da vida.

Portanto, a partir dessa reflexão, sigo meu caminho com olhos mais atentos às maravilhas do cotidiano, valorizando cada aspecto da minha jornada pessoal e celebrando o esplendor que reside nas coisas simples da vida.

**Todas as imagens são fotos com pouca edição (edição apenas nas cores e pequenos detalhes) os efeitos são dados através da escolha da configuração da câmera, por exemplo, a primeira foto que lembra uma ilustração foi tirada cm ISO 1600, para que o branco explodisse e a água ganhasse as cores do reflexo do céu)