Ensaio Elas Artes: Lurdete Candorin
Uma boa fotografia é capaz de despertar emoções, é por isso que se diz que uma imagem vale mais do que mil palavras, pois consegue capturar o indescritível. No ensaio com Lurdete Candorin, buscamos transmitir os seguintes significados propostos por ela
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Natureza
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Contato com o ser
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Fluidez
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Leveza
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Maturidade
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liberdade
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Vida em movimento
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É preciso força para ser leve
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Deixar fluir de assusta ou te desperta
Todas as minhas versões são uma
Acordar todo dia em um universo diferente
Mas sempre no mesmo lar
Fiz do mundo meu ninho
Fiz de mim casulo
Acordo nas manhãs de verão
Durmo nas noites de inverno
Vejo por do sol do outono
Me deleito nas manhãs de primavera
Todas as estações em um só dia
Todas as fases em instantes
Todas as minhas versões são uma
Leitura de obra
O ensaio foi concebido com base na temática da natureza e da autodescoberta, buscando uma harmonia com o ambiente da casa por meio do uso predominante da cor verde.
. Optou-se pela inclusão de areia para representar o encontro com o tempo, remetendo aos primeiros instrumentos de medição temporal, como a ampulheta.
A pose adotada na fotografia faz uma alusão à liberdade e à autodescoberta, simbolizando o indivíduo em busca do seu próprio tempo.
Para a coloração, foram utilizadas as tonalidades das plantas "comigo-ninguém-pode" e "espada-de-são-jorge", estabelecendo uma conexão com a natureza e incorporando os significados de proteção presentes na cultura popular brasileira.
Faço as pazes com o tempo
Faço as pazes com o tempo, que nunca fez sentido
Entendi que não entendê-lo era a melhor forma de entender
Sem entendê-lo ele me ensina que existe um tempo para tudo, ainda que o tempo não se tenha, pois quando o tempo quero ter fico presa e num descompasso saio do seu ritmo
Leitura de obra
A sequência de fotos busca retratar a transformação pessoal ao reconciliar-se com o tempo, evidenciada pela nitidez que o reflexo no espelho proporciona, revelando o ressurgimento das cores. A presença da areia remete aos primeiros instrumentos de medição do tempo, como a ampulheta, simbolizando a sua passagem.
Coragem passárinha
O passado é seu ninho
Mas já não cabe mais nele
Coragem passarinha
O tempo voa e quer sua companhia
Leitura de obra
A sequência de fotos busca expressar a sensação de liberdade que surge ao fazer as pazes com o tempo. Para transmitir essa ideia, as imagens apresentam o tecido como uma metáfora visual do tempo em constante movimento (uma alusão ao ditado popular "o tempo voa").
Nas primeiras imagens, é retratada a "luta" contra o tempo, simbolizando o desejo de carregar consigo coisas que deveriam ser deixadas no passado. Já nas duas últimas imagens, há uma sensação de leveza e desapego em relação ao que já foi vivido, permitindo assim voar junto com o tempo.
A sequência também foi inspirada na história "O tempo voa" que faz parte de um livro meu ainda não publicado que pode ser lida nesse link: O tempo voa