Tempo
O futuro se desfez e o que você fez?
O passado te desfez enquanto ele se desfaz
Você se esvai ou se refaz?
O tempo te destrói
O tempo te constrói
Você se despede ou se remói?
Tempo tempo tempo
Como me relaciono contigo?
Sobre
A obra parte da percepção individual e coletiva sobre a construção do tempo e como nos relacionamos com ele.
A obra dialoga com a relação sobre o tempo, traz uma abordagem que questiona o modo como percebemos o tempo, hoje, numa sociedade onde colocamos que ganhamos ou perdemos tempo como se o tempo fosse um bem de consumo pelo qual possamos acumular.
E quando algo afirma a imprevisibilidade do futuro fazendo com que ele desapareça sem passar pelo presente, nos surpreende, é como se o tempo tivesse sumido, desaparecido...
O tempo que se foi é o que nos constrói, mas para isso, ele nos destrói. Temos que deixar quem fomos para que possamos ser. Gosto de pensar no tempo que se foi como um professor que retorna ao presente até que aprendamos a lição, é como se ele nos fizesse questionar: Até quando ainda seremos o mesmo?
E por fim, o tempo que permeia entre os tempos e nos faz questionar, e agora?
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Utilizo a areia como uma forma de abordar a questão do tempo, fazendo uma alusão às ampulhetas antigas, um dos primeiros instrumentos usados para tentar compreender o tempo.
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As primeiras imagens com a areia sendo jogada para cima e desaparecendo faz uma referência a questão de não controlarmos o tempo e também faz uma alusão ao ditado popular “O tempo escorre sob nossas mãos”
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A imagem que aparece a pessoa refletida faz uma alusão, a dualidade, das escolhas que temos entre o passado e o futuro
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As duas seguintes sequentes imagens apresenta uma expressão plena e uma outra desesperada, como forma de demonstrar as escolhas que podemos ter em relação ao tempo.
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Por fim a imagem que questiona como nos relacionamos com o tempo, onde a pessoa não demonstra uma expressão que possa ser reconhecida, de modo a abrir as possíveis interpretações de quem vê a obra.
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Apresento nas imagens o passado e o futuro, sendo o presente a parte que é vista pelo espectador, pois, para mim, o presente não pode ser fotografado.
Fotos da obra participaram das exposições:
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Permitir Afeto do Maré Foto Festival - 2021
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Olhe para Trás do Maré Foto Festival - 2021
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State of Repair do Vacant Museum- 2021